quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Entenda a polêmica do Livro enquanto o sono não vem

Entenda a Polêmica do Livro : "Enquanto o Sono não vem"




O livro "enquanto o sono não vem" chegou as bibliotecas de algumas escolas públicas de Itaituba. A polêmica se deve ao fato do texto relatar uma história de insexto "Casamento entre pai e filha"

Segundo o site : gazetaonline.com.br

O Autor de livro diz que tal polêmica só existe porque há  falta de capacitação de alguns  professores.


Muitas prefeituras em diversos locais do Brasil informaram que o livro está sendo recolhido é que em alguns lugares o seu uso foi vetado. Fato totalmente justificável
Em um dos contos do livro, “A triste história de Eredegalda”, o pai sugere a ideia de se casar com uma de suas filhas, que acaba morrendo no fim da história.
 
José Mario Brant, escritor e contador de histórias, foi surpreendido com as reclamações dos professores capixabas. Ele explica que conta a história há 25 anos e que o livro já foi publicado há mais de 15 anos.
“Há uma desinformação do que é o conto folclórico e dos contos de fada, que são territórios que abordam assuntos delicados. A gente está falando de um universo simbólico. É uma história que dá voz a uma vítima”, disse.
A obra de José Mauro Brant, da Editora Rocco, está no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e, segundo o Ministério da Educação, o processo de seleção e avaliação, realizado e publicado em 2014, está sendo revisto. A UFMG, que analisou as obras do PNAIC, disse que a polêmica "trata-se de um julgamento indevido construído por leitura equivocada".
Projeto
No projeto, o livro “Enquanto o sono não vem” é destinado a alunos de primeiro ao terceiro ano, com idades entre 6 e 8 anos. Brant explica que escreveu o livro para jovens leitores, mas não vê problema na história contada para crianças desde que haja um bom trabalho pedagógico.
“Quando o contador sabe mediar a história, ela ganha outro aspecto. Há pouca capacitação em mediação. As pessoas acham que o material literário é o mesmo que didático, mas o literário é arte. Falta a capacidade de respeitar o universo dos contos e apresentá-los na hora certa ao público certo”, afirmou.
O autor lembra que projeto do MEC levou literatura para as escolas de todo o Brasil e teme que esse tipo de 'polemização' cause desincentivo ao governo.
“Foram milhões gastos em literatura para as escolas, não para os bolsos dos políticos. O PNAIC deveria mandar junto com os livros esse tipo de capacitação. Talvez o projeto esteja chegando pela metade, talvez falte mais informação. Se a gente for censurar Eredegalda, vamos censurar irmãos Grimm, Monteiro Lobato…”, disse.
Livro
O livro “Enquanto o sono não vem” tem um conto intitulado “A triste história de Eredegalda”, que fala de um rei que pede uma das três filhas em casamento.
A proposta do pai é que a mãe da menina seja criada deles. Ao recusar o convite do pai, a história conta que a menina é presa em uma torre, onde passa sede. Ao pedir à mãe e às duas irmãs para beber água, ela não recebe ajuda por ameaças de morte do pai.
No final ela acaba aceitando o convite do pai para se casar, mas ele resolve fazer um desafio com três cavaleiros: o que chegasse primeiro com um jarro d’água ganharia a mão da filha. Essa oferta, no entanto, não é explicada na história. O conto mostra que a menina morreu antes.
No livro, existe uma descrição, explicando a origem da história. “A história da princesa assediada pelo próprio pai aparece em vários lugares do Brasil com nomes diferentes: ‘Silvaninha’, ‘Valdomira’, ‘Faustina’. A versão aqui incluída foi inspirada em uma recolhida em Barbacena, Minas Gerais, e foi acrescida dos versos de um acalanto denominado ‘Lá vem vindo um anjo’”.
Livro 'Enquanto o sono não vem'
Foto: Reprodução
Delegado
Para o titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Lorenzo Pazolini, a abordagem surpreende negativamente e não deve ser levada a crianças.
“Muitas dessas viveram ou presenciaram cenas de abuso. E reviver isso dentro da sala de aula traz um sofrimento com consequências dentro e fora da sala. É claro que é um conto, mas a mente de uma criança é vasta”, ressalta.
MEC
O Ministério da Educação (MEC) confirmou a presença do livro no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), mas disse que o processo foi realizado na gestão anterior, em 2014. Na nota, o MEC diz que está revendo todo o processo de seleção dos livros visando a melhoria da qualidade da educação e não citou o livro específico.
UFMG
O Centro de Alfabetização, leitura e escrita da Universidade Federal de Minas Gerais, que analisou as obras do PNAIC, se posicionou à respeito das criticas ao conto "A triste história de Eredegalda":
"Aparentemente, alguns leitores desavisados consideraram que, por conta dessa temática, a narrativa seria inadequada para crianças. O mesmo pode acontecer com o tema do sequestro, presente na narrativa 'Canta, canta meu surrão'. Trata-se, em ambos os casos, de um julgamento indevido construído por leitura equivocada do romance, do reconto, da tradição oral e do lugar da literatura na formação da criança", diz um trecho a nota técnica enviada.
Fonte: gazetaonline.com.br

sábado, 26 de agosto de 2017

ARTISTA ITAITUBENSE IMPRESSIONA COM A TÉCNICA UTILIZADA EM UMA DE SUAS OBRAS



ARTISTA ITAITUBENSE IMPRESSIONA COM  A TÉCNICA UTILIZADA EM UMA DE SUAS OBRAS







             Um caso inusitado chamou a atenção da população Itaitubense. Na ultima quinta feira dia 24 de Agosto, um empresário da localidade foi assassinado a tiros, na cena do crime uma imagem chamou atenção e circulou nas redes sociais deixando muitos intrigados. Alguns sugeriam se tratar de algo sobrenatural haja vista que a imagem foi registrada de ângulos diferentes, e parecia ter se movido para observar o corpo sem vida ali no chão. Especulo-se também a possibilidade de terem editado a fotografia.



Imagens de Richardson Giro Portal Vieira


                  Para surpresa de muitos o fato ficou esclarecido , trata-se de  uma Obra  feita pelo artista Itaitubense Afonso Ferreira, que utilizou em sua obra a técnica TRIDIMENSIONAL. Parabéns ao grande artista, apesar do fato lamentável, sua obra impressionou pela perfeição do efeito causado pela técnica,  a imagem de jesus parece se mover causando ilusão de óptica no observador.  A técnica é utilizada por alguns artistas, denominada 3D, tem como definição o espaço tridimensional que abrange as três dimensões (altura, profundidade e largura). Recentemente o termo 3D, vem ganhando repercussão com a técnica de projeção de imagens que ganham profundidade, textura e iluminação tornando as imagens  em três dimensões muito mais reais. 


                                                                   fontes :PORTAL GIRO(Richardson Vieira)

terça-feira, 22 de agosto de 2017

LENDAS DE ITAITUBA - DIA 22 DE AGOSTO DIA DO FOLCLORE

Lenda do Mapinguari da estrada do Bom Jardim


                       O Mapinguari é um gigante peludo com um olho na testa e a boca no umbigo. , Dizem que esse ser  é realmente coberto de pelos, Há quem diga que seus pés tem o formato de uma mão de pilão.

            A lenda do Mapinguari da estrada do Bom Jardim, é um relato verídico, Um amigo me contou que antigamente aqui em Itaituba era de costume sair das festas andando altas horas da noite, naquele tempo nossa cidade era pacata, não havia temor, tudo era tranquilo. Pela descrição do que foi visto e pela localidade, vou chamar aquele ser de Mapinguari da estrada do Bom Jardim.
            Certa noite saiu de sua casa para uma festa, havia saído de  casa sem permissão da sua mãe, a festa estava muito boa, porém ele precisava retornar convidou então os amigos para que juntos retornassem, os mesmos não quiseram  acompanha-lo, então decidiu voltar sozinho, e lá vinha ele pisando firme, a lua estava bem clara, chegando próximo a estrada do bis, sentiu suas pernas bambas,  pelo os arrepios que subiam por toda extensão do seu corpo, aquilo estava além da normalidade, foi então que avistou algo estranho,um ser deitado no meio do asfalto, não sabia do que se tratava, poderia ser um cachorro, mas aquilo era grande de mais, parecia com humano, era um ser todo coberto de pelos, pensou em retornar, mas poderia ser visto por aquilo, foi então que percebeu que dos lados haviam um matagal enorme, então aliando coragem e ação, pulou para dentro sem pensar, e de lá ficou bem quietinho observando por longos minutos aquele ser ali deitado, depois aquilo levantou e olhando para os lados limpou os pelos e  saiu andando tranquilamente até sumir nas margens de um terreno baldio cheio de mato, em direção oposta a sua. Depois do ocorrido ficou lá mesmo, pensando como retornaria para sua casa, ah se tivesse ficado em casa estaria tranquilo dormindo na seguridade do seu quarto, faltou coragem de sair dali, e se aquilo estivesse próximo e retornasse? Então rezou para que alguém passasse por ali, e graças a Deus passou um taxista, ele não hesitou em pedir ajuda. Após contar o ocorrido ficou surpreso quando o taxista relatou que também tinha visto coisa semelhante tempos atrás.
            Contou-lhe que havia pegado uma corrida para distante, passando do igarapé bom jardim, eram umas 3 horas da madrugada, quando chegando a certo ponto foram surpreendidos por um ser estranho, era algo grande e peludo que atravessou a rodovia de repente, a moça que estava de passageira perguntou-lhe: O que foi aquilo moço? Respondeu ele:- Moça não faço a mínima ideia, após deixar a mulher no seu destino, difícil foi a hora do retorno,  sozinho, acelerou o carro e veio voando para não correr o risco de ser surpreendido por aquilo novamente. Até hoje não viu nada parecido, se  a moça não tivesse visto também, juraria que aquilo seria fruto da sua imaginação, resultado de tanto cansaço e sono.
            O taxista o deixou em casa e daquele dia em diante o rapaz, só retornou para casa acompanhado de alguém.
                                                                                

                                                                                                                           Ana Liz


LENDA DO BOTO DE BRASÍLIA LEGAL



                Conta a Lenda que na comunidade ribeirinha chamada Brasília Legal, localizada no Pará, havia um mito que dizia que não poderia atirar pedras nos botos, pois ele retornaria para busca-lo. Todos sabiam disso, e os pais não hesitavam em alertar seus filhos quanto a esse fato.  Uma mãe solteira criava um filho lavando roupa para fora, todas as vezes que descia para o rio com suas trouxas de roupas, o filho a acompanhava, até que um dia de tanto tédio o menino sapeca duvidou dos conselhos de sua mãe e começou a arremessar  pedras em direção ao boto. A mãe repetiu o conselho dizendo:- Menino não atire pedras no boto se não ele volta para te pegar, desobedecendo à mãe o menino continuou. 
             Terminado então o serviço eles retornaram para casa. A casa deles ficava de frente para o rio Tapajós, havendo duas portas: a porta da frente e a do fundo. A casa era simples e humilde toda coberta de palha. Todos já estavam dormindo, eram por volta das 1 hora da madrugada quando o menino acordou com o barulho de socos que vinham da direção da porta da frente, uma voz grossa e assombrosa chamava pelo seu nome, dizia:- abre, abre a porta Pedro!!! O menino rezou, mas os barulhos não cessavam e os socos estavam cada vez mais fortes. Foi então que o menino chamou sua mãe, ela também ouviu os socos e a voz que chamava pelo filho, como era uma mulher corajosa ela pegou o facão, quando o menino percebeu que ela iria abrir a porta correu ficando próximas as portas do fundo, então ela abriu a porta e imediatamente foi desferindo golpes de facão sem saber de quem se tratava, quando levantou as vistas viu um homem todo de branco correndo em direção ao rio com um dos braços ensanguentados dizia ele: amanhã eu volto Pedro para te buscar. O homem mergulhou no rio e se transformando novamente em boto desapareceu. 


                                                                                                                                 ANA LIZ


   A Tradicional lenda do boto conta a historia de um boto que se transforma em um homem bonito, alto e forte, que aparece todo vestido de roupa social branca , usando um chapéu para cobrir o orifício da cabeça. Nas festas noturnas nas comunidades ribeirinhas ele surge todo elegante e sedutor. Ele galanteia as moças desacompanhadas e após engravida-las, vai embora, retorna para o rio e se transforma novamente em boto.

Na cultura popular, a lenda do boto era usada para justificar a ocorrência de uma gravidez fora do casamento.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

O GRITO CONTRA A USINA HIDRELÉTRICA SÃO LUIZ DO TAPAJÓS





O GRITO CONTRA A  USINA HIDRELÉTRICA  SÃO LUIZ DO TAPAJÓS

O Grito é uma série de quatro pinturas do norueguês Edvard Munch, a mais célebre das quais datada de 1893. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial.

Inspirados no trabalho do artista Munch, acadêmicos do curso de Artes Visuais-PARFOR UFPA Itaituba, criaram uma releitura da obra, evidenciando a preocupação da população local quanto a instalação da Usina Hidrelétrica São Luiz do Tapajós que é uma usina hidreletrica que estava em projeto no Rio Tapajós, no Pará. A ideia foi fazer uma critica, já que a construção da barragem  afetaria  parte da biodiversidade em seu entorno, alagando inclusive parte da área de preservação localizada no parque nacional da amazônia.   Caso viesse a acontecer a construção da usina , prejudicaria  comunidades ribeirinhas e indígenas que vivem nas proximidades. Dentre os povos indígenas afetados estariam os Munduruku e os Apiaká. 
A releitura foi criada no ano de 2016 para ser exibida em um congresso Regional que discutiu a inviabilidade da usina, o congresso  aconteceu na Cidade Itaituba pará, a obra trata-se de um mural exposto em uma escola da localidade


A releitura Foi idealizada pelo professor  e artista Wilter Carlos Lima, com o apoio dos demais acadêmicos do curso de artes Visuais-UFPA 

Segundo o site : 


O Ibama cancelou o processo de licenciamento da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, que estava prevista para ser construída no coração da Amazônia, no Pará. O ato é um reconhecimento da inviabilidade ambiental do empreendimento. Sem a licença ambiental é impossível realizar o leilão da usina.


“Nós, Munduruku, estamos muito felizes com o cancelamento da usina. Isso é muito importante para o nosso povo. Agora vamos continuar lutando contra as outras usinas no nosso rio”, afirma Arnaldo Kabá Munduruku, cacique-geral do povo. Ainda existem outros 42 projetos de hidrelétricas apenas na bacia do rio Tapajós e dezenas na Amazônia. Recentemente, mais de 1,2 milhão de pessoas ao redor do mundo se juntaram à luta dos Munduruku contra as hidrelétricas.
                                                                   

                                                                                                                    ELAYNE MENDES



sexta-feira, 11 de agosto de 2017

ORLA DE ITAITUBA: ELEMENTOS ARTÍSTICOS, ESTÉTICOS E CULTURAIS.

ORLA DE ITAITUBA: ELEMENTOS ARTÍSTICOS, ESTÉTICOS E CULTURAIS. 

                                                                  Cleudimary Luna Lima
                                                                             Elayne Mendes da Silva
                                                                                      Francinete Barreto Garcia



Segundo Pareyson (1999, p.54), ”[...]  o julgamento estético só e possível através do utilitário, e a utilização não e completa se não vem acompanhada da satisfação estética; em suma, a fruição alcança a sua plenitude apenas na inseparável duplicidade dos aspectos estéticos e econômicos ”[...].
Sob o mesmo ponto de vista a orla de Itaituba/PÁ tem sido palco para vários eventos culturais – econômicos ao longo de sua história, houve um tempo em que a cultura de nossa cidade foi mais valorizada e difundida. Pareyson observa que existe uma arte de evasão, que descuida a expressão e a comunicação para acentuar os meros valores formais.
Sobretudo desde a década de 70 no carnaval a estética das roupas e alegorias das pessoas eram em si trajes carnavalescos de luxo não deixando a desejar pra nenhuma escola de samba que hoje vemos nas grandes cidades.
 Observa-se que tanto as roupas quanto a estética da orla da cidade ainda se modificam de acordo com a ocasião.
 A cidade pepita naquela época era muito pequena, e não tinha grandes proporções, até porque não dispunha de tanta estrutura como ainda hoje não dispõe, mas a visão que se tem é a ideia de que tudo por aqui só retrocede “tudo já foi bem melhor e a agora simplesmente por alguma razão se perdeu ao longo do tempo junto com a essência da nossa tradição”.
Segundo Loureiro (2002, p.30), ”[...] o próprio publico altera seu comportamento diante da nova maneira de receber a obra de arte [...]”. Na cidade pepita a mudança também ocorre na chegada do mês de julho, a amplitude da orla da cidade mais uma vez se modifica em sua estética, recebendo diversas barracas, enfeites e principalmente a atração maior das noites sociais o tradicional parque Santa Cruz, que embeleza com suas luzes e cores as noites de julho.  


                                                                       Parque ano  2012


                                                                         Parque ano 2013

Atualmente observa-se a frieza das almas que vagam de um lado para o outro sem compreenderem ao certo o que fazem ali, dando a plena impressão que a regra é gastar, degustar alguma comida típica em umas das barracas temporárias que lá se estalam nesse período, inaugurar alguma veste da moda do momento e depois, enfim retornar a suas casas anestesiados pelo prazer do lazer estético.
Contudo mais uma vez a paisagem estética da orla alterar-se no mês de setembro “semana da pátria” para receber ornamentações cívicas, arquibancadas, palanque e a atração maior que são as escolas do município de Itaituba, que vem com temáticas inovadoras fazendo performances e ilustram a avenida Getúlio Vargas com seus   trajes característicos da temática do evento.
                                                                                    Ano 2012

De fato a modificação estética orla da cidade de Itaituba vem acontecendo gradativamente no decorrer dos anos, como em cada evento.
  Entretanto lembranças também prevalecem da nossa sonda (fonte de água minerais termais e sulfurosa) que dizem ter sido descoberta por acaso em uma busca frustrada de petróleo. Quantas vezes deleitávamos em sua água morna e terapêutica. Segundo a nossa própria crença água que curava qualquer enfermidade de pele mais que acima de tudo curava nosso tédio sendo opção unanime as margens do nosso rio tapajós. Patrimônio este que foi perdido por pura falta de competência, questões políticas e insensibilidade. 

sonda 1985
sonda 2014


Junto também foi o nosso violeiro (estátua marcante de um homem que com seu violão embelezava as margens do sonda bar - bar tradicional). Estátua essa que provavelmente esvaiu-se e reduziu-se a poeira e pó junto aos entulhos da antiga praça.
  

                                                                           O Violeiro 1985

                                                                       Violeiro 2017  

Na tentativa de repor os inestimáveis ícones históricos outros foram refeitos e ocupam a atual orla. Agora temos uma fonte esteticamente linda, mas vazia de sua alma a “água hipotermal“, temos um violeiro sem cor, sem brilho e sem essência.
Hoje nos parece fazer mais sentido à frase do Hino de Itaituba que nesse sábio trecho expressa a angustia de um futuro que já nos alcançou “Que o progresso, porém não destrua teus valores que tem tradição, quando os prédios e encobrem a lua, cresce o povo, mas sem coração”.
Ah !!! Falando em lua, quanta tranquilidade nos dá quando passeamos por toda extensão da orla e contemplamos a lua e seu reflexo sobre o rio tapajós, quando admiramos sentadinhos no banco da praça da histórica Igreja Matriz de Sant’Ana, quando vagamos em nossos pensamentos tentando desvendar como seria o interior do antigo e misterioso orfanato com suas paredes graúdas hoje atual casa dos padres/bispo.

E importante ressaltar que a beleza de nossa cidade resplandece com a essência do natal, trazendo mais uma vez um novo aspecto estético para contemplarmos. A orla de nossa cidade pepita se embeleza com os adereços natalinos causando deslumbre aos olhos dos que passeiam e observam admirados os símbolos natalinos iluminados.
                                                                        Ano 2010
                                                                                   Ano 2010

Por fim, o ciclo se fecha com o Réveillon da cidade pepita que e claro não poderia deixar de acontecer em nossa belíssima orla, onde mais uma vez a extensão se modifica com adornos decorativo que se adequando de acordo com o evento. Portanto, a arte pode ser definida pelo menos por três ângulos: a partir de sua relação com a realidade, com o sujeito e com a sociedade.

Histórico da obra “O violeiro” de Itaituba Pará

Histórico da obra “O violeiro” de Itaituba Pará




Cleudiene da Conceição Hecke
                                        Marcelene Lucila Macedo de Oliveira
                     Neidinalva Gomes Moreno
          Odinéia Chaves Lima



Na década de 80 na administração do senhor Silvio de Paiva Macedo, foi construído na Praça da Saudade, situada na Av. Getúlio Vargas as margens do Rio Tapajós. O gestor executivo daquele período queria deixar uma obra exposta naquela praça, que pudesse ser admirada e que levasse o admirador a analisar e compreender a sua essência. A obra foi batizada de “O Violeiro”.


                              


O Violeiro foi uma obra artística criada pelo senhor Cutico Baima, em homenagem ao Sr. Antônio Caetano dos Santos – Cacau.  Ela retratava as noites boêmias do itaitubense, que se deleitavam aos finais de semana em ouvir música ao vivo dos cantores locais. Entre eles se  destacavam  Silvio de Paiva Macedo, Nego Tacacá, Chiclete, Cacau, Black Eixo, Joca, Jair de Sousa e o saudoso Sebastião Teodomiro mais conhecido como Sabá.
            A obra “Violeiro” trazia em sua essência a imagem e características do homem Itaitubense. Quem por ali passava se perguntava:  “Quem é esse homem com um violão nas mãos?” A obra por si falava, se expressava, relatava a vida do homem de uma sociedade ali representada.

                              

              Anos depois, com a derrubada da estátua que ficou totalmente destruída, com o objetivo de dar lugar as “coisas modernas”, foi feito então um novo violeiro valorizando a homenagem que havia sido feita anteriormente
O atual violeiro foi planejado e construído pelo artista local Waldemir da Silva Lima. O mesmo não recebeu verba nenhuma pela obra, foi pelo simples prazer de querer contribuir, usando suas habilidades, como cidadão itaitubense.  A matéria – prima usada em suas esculturas sempre eram o cimento, ferro e areia.

O artista Waldemir Lima relatou: “ Fiz algumas mudanças necessárias, dando mais movimento e beleza ao monumento.”