terça-feira, 22 de agosto de 2017

LENDAS DE ITAITUBA - DIA 22 DE AGOSTO DIA DO FOLCLORE

Lenda do Mapinguari da estrada do Bom Jardim


                       O Mapinguari é um gigante peludo com um olho na testa e a boca no umbigo. , Dizem que esse ser  é realmente coberto de pelos, Há quem diga que seus pés tem o formato de uma mão de pilão.

            A lenda do Mapinguari da estrada do Bom Jardim, é um relato verídico, Um amigo me contou que antigamente aqui em Itaituba era de costume sair das festas andando altas horas da noite, naquele tempo nossa cidade era pacata, não havia temor, tudo era tranquilo. Pela descrição do que foi visto e pela localidade, vou chamar aquele ser de Mapinguari da estrada do Bom Jardim.
            Certa noite saiu de sua casa para uma festa, havia saído de  casa sem permissão da sua mãe, a festa estava muito boa, porém ele precisava retornar convidou então os amigos para que juntos retornassem, os mesmos não quiseram  acompanha-lo, então decidiu voltar sozinho, e lá vinha ele pisando firme, a lua estava bem clara, chegando próximo a estrada do bis, sentiu suas pernas bambas,  pelo os arrepios que subiam por toda extensão do seu corpo, aquilo estava além da normalidade, foi então que avistou algo estranho,um ser deitado no meio do asfalto, não sabia do que se tratava, poderia ser um cachorro, mas aquilo era grande de mais, parecia com humano, era um ser todo coberto de pelos, pensou em retornar, mas poderia ser visto por aquilo, foi então que percebeu que dos lados haviam um matagal enorme, então aliando coragem e ação, pulou para dentro sem pensar, e de lá ficou bem quietinho observando por longos minutos aquele ser ali deitado, depois aquilo levantou e olhando para os lados limpou os pelos e  saiu andando tranquilamente até sumir nas margens de um terreno baldio cheio de mato, em direção oposta a sua. Depois do ocorrido ficou lá mesmo, pensando como retornaria para sua casa, ah se tivesse ficado em casa estaria tranquilo dormindo na seguridade do seu quarto, faltou coragem de sair dali, e se aquilo estivesse próximo e retornasse? Então rezou para que alguém passasse por ali, e graças a Deus passou um taxista, ele não hesitou em pedir ajuda. Após contar o ocorrido ficou surpreso quando o taxista relatou que também tinha visto coisa semelhante tempos atrás.
            Contou-lhe que havia pegado uma corrida para distante, passando do igarapé bom jardim, eram umas 3 horas da madrugada, quando chegando a certo ponto foram surpreendidos por um ser estranho, era algo grande e peludo que atravessou a rodovia de repente, a moça que estava de passageira perguntou-lhe: O que foi aquilo moço? Respondeu ele:- Moça não faço a mínima ideia, após deixar a mulher no seu destino, difícil foi a hora do retorno,  sozinho, acelerou o carro e veio voando para não correr o risco de ser surpreendido por aquilo novamente. Até hoje não viu nada parecido, se  a moça não tivesse visto também, juraria que aquilo seria fruto da sua imaginação, resultado de tanto cansaço e sono.
            O taxista o deixou em casa e daquele dia em diante o rapaz, só retornou para casa acompanhado de alguém.
                                                                                

                                                                                                                           Ana Liz


LENDA DO BOTO DE BRASÍLIA LEGAL



                Conta a Lenda que na comunidade ribeirinha chamada Brasília Legal, localizada no Pará, havia um mito que dizia que não poderia atirar pedras nos botos, pois ele retornaria para busca-lo. Todos sabiam disso, e os pais não hesitavam em alertar seus filhos quanto a esse fato.  Uma mãe solteira criava um filho lavando roupa para fora, todas as vezes que descia para o rio com suas trouxas de roupas, o filho a acompanhava, até que um dia de tanto tédio o menino sapeca duvidou dos conselhos de sua mãe e começou a arremessar  pedras em direção ao boto. A mãe repetiu o conselho dizendo:- Menino não atire pedras no boto se não ele volta para te pegar, desobedecendo à mãe o menino continuou. 
             Terminado então o serviço eles retornaram para casa. A casa deles ficava de frente para o rio Tapajós, havendo duas portas: a porta da frente e a do fundo. A casa era simples e humilde toda coberta de palha. Todos já estavam dormindo, eram por volta das 1 hora da madrugada quando o menino acordou com o barulho de socos que vinham da direção da porta da frente, uma voz grossa e assombrosa chamava pelo seu nome, dizia:- abre, abre a porta Pedro!!! O menino rezou, mas os barulhos não cessavam e os socos estavam cada vez mais fortes. Foi então que o menino chamou sua mãe, ela também ouviu os socos e a voz que chamava pelo filho, como era uma mulher corajosa ela pegou o facão, quando o menino percebeu que ela iria abrir a porta correu ficando próximas as portas do fundo, então ela abriu a porta e imediatamente foi desferindo golpes de facão sem saber de quem se tratava, quando levantou as vistas viu um homem todo de branco correndo em direção ao rio com um dos braços ensanguentados dizia ele: amanhã eu volto Pedro para te buscar. O homem mergulhou no rio e se transformando novamente em boto desapareceu. 


                                                                                                                                 ANA LIZ


   A Tradicional lenda do boto conta a historia de um boto que se transforma em um homem bonito, alto e forte, que aparece todo vestido de roupa social branca , usando um chapéu para cobrir o orifício da cabeça. Nas festas noturnas nas comunidades ribeirinhas ele surge todo elegante e sedutor. Ele galanteia as moças desacompanhadas e após engravida-las, vai embora, retorna para o rio e se transforma novamente em boto.

Na cultura popular, a lenda do boto era usada para justificar a ocorrência de uma gravidez fora do casamento.

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