O GRITO CONTRA A USINA HIDRELÉTRICA SÃO LUIZ DO TAPAJÓS
O Grito é uma série de
quatro pinturas do norueguês Edvard Munch, a mais célebre das quais datada de
1893. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e
desespero existencial.
Inspirados no trabalho do artista Munch,
acadêmicos do curso de Artes Visuais-PARFOR UFPA Itaituba, criaram
uma releitura da obra, evidenciando a preocupação da população local quanto a
instalação da Usina Hidrelétrica São Luiz do Tapajós que
é uma usina hidreletrica que estava em projeto no Rio Tapajós, no Pará. A ideia foi fazer uma critica, já que a construção da barragem
afetaria parte da biodiversidade em seu entorno, alagando inclusive
parte da área de preservação localizada no parque nacional da amazônia. Caso
viesse a acontecer a construção da usina , prejudicaria comunidades
ribeirinhas e indígenas que vivem nas proximidades. Dentre os povos indígenas
afetados estariam os Munduruku e os Apiaká.
A releitura foi criada no ano de 2016 para ser exibida em um
congresso Regional que discutiu a inviabilidade da usina, o congresso aconteceu na
Cidade Itaituba pará, a obra trata-se de um mural exposto em uma escola da localidade
A releitura Foi idealizada pelo professor e artista Wilter Carlos Lima, com o apoio dos demais acadêmicos do curso de artes Visuais-UFPA
Segundo o site :
O Ibama
cancelou o processo de licenciamento da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós,
que estava prevista para ser construída no coração da Amazônia, no Pará. O ato
é um reconhecimento da inviabilidade ambiental do empreendimento. Sem a licença
ambiental é impossível realizar o leilão da usina.
“Nós, Munduruku, estamos muito felizes com o cancelamento da usina. Isso
é muito importante para o nosso povo. Agora vamos continuar lutando contra as
outras usinas no nosso rio”, afirma Arnaldo Kabá Munduruku, cacique-geral do
povo. Ainda existem outros 42 projetos de hidrelétricas apenas na bacia do rio
Tapajós e dezenas na Amazônia. Recentemente, mais de 1,2 milhão de pessoas ao
redor do mundo se juntaram à luta dos Munduruku contra as hidrelétricas.
ELAYNE MENDES
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